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[Filme] O Peso do Talento

 Nicolas Cage interpreta Nicolas Cage em um filme sobre Nicolas Cage, e tá tudo bem!

Como se mede o talento de um astro em Hollywood? Nicolas Cage vive seu papel mais insano, dramático, perturbador, divertido, intenso, em um verdadeiro multiverso de loucura, numa difícil missão: ser Nicolas Cage em um filme sobre Nicolas Cage!

Mas não se engane, o filme não é uma auto-biografia, nem um documentário, mas sim, uma ode à bizarrice, em sua forma mais absurda e otimista. Você tem aqui a chance de conhecer um pouco mais o lado humano (ou quase humano) do amor próprio, de uma lenda dos cinemas, que passou por filmes maravilhosos, e filmes horrendos, mas, que tem em comum uma atuação extrema vinda do sobrinho de Francis Ford Coppola.

Muitas referências à filmes da carreira do ator, e até mesmo à testes que ele foi rejeitado, em forma de piada e ironia, e uma mistura de gêneros, indo do drama à comédia, mistura de ação e psicodelia, e alguns plot twists inesperados. Pra resumir este filme, podemos dizer que é um encontro de Nicolas Cage de Willys Wonderland com o Nicolas Cage de Coração Selvagem, saindo de "My Name Is Bruce" e se jogando em "Austin Powers e o Homem do Membro Dourado", mergulhando num "Nicolascageverso da Loucura", com uma trilha sonora emocionante, e um roteiro provavelmente viajado em ácido.

Este filme tem boa chance de agradar gregos, troianos e "Nicolascageanos" fanáticos. Uma espécie de "Quero Ser John Malkovic" com maestria!

A sinopse diz o seguinte: Nicolas Cage estrela como... Nicolas Cage na comédia-ação O PESO DO TALENTO. Criativamente insatisfeito e enfrentando a ruína financeira, a versão ficcional de Cage deve aceitar uma oferta de US $ 1 milhão para comparecer ao aniversário de um superfã perigoso (Pedro Pascal). As coisas tomam um rumo inesperado quando Cage é recrutado por um agente da CIA (Tiffany Haddish) e forçado a viver de acordo com sua própria carreira, canalizando seus personagens mais icônicos e amados na tela para salvar a si mesmo e seus entes queridos. Com uma carreira construída para este momento, o premiado ator seminal deve assumir o papel de sua vida: Nicolas Cage.

Com isso, o filme brinca com memes de internet e com os trabalhos do ator, unindo o grotesco ao satisfatório, tirando o espectador da zona de conforto. O Peso do Talento, ou "The Unbearable Weight of Massive Talent", é um ótimo filme para ver tanto sozinho quanto em família, com um nível de insanidade digno de Nicolas Cage.

Temos vários momentos em que cada ator se destaca de uma forma diferente, como Paco Leon sendo o primo cínico do personagem de Pedro Pascal, que se mostra um fã apaixonado pelos trabalhos de Nick Cage, que por sua vez consegue trazer uma de suas melhores atuações no cinema (e ainda traz um pouco de suas outras melhores atuações pra dentro do universo do filme). Temos aqui Lily Sheen como sua filha, trazendo uma boa carga dramática de filha adolescente de um pai astro em decadência, e até uma participação especial de Demi Moore de uma forma bem inusitada. A breve participação de Neil Patrick Harris acaba sendo o que amarra as poucas pontas soltas, nas horas certas, e continua trazendo um ar de seu personagem de "How I Met Your Mother".

Para o público em geral, é um ótimo filme pastelão com cenas de ação e alívios cômicos carregados de drama. Para cinéfilos de plantão, o filme está recheado do melhor dos últimos 100 anos da sétima arte, em vários easter eggs, e em comentários dos personagens.

Curiosidade: uma sequência envolvendo uma briga entre Nicolas Cage e versões de si mesmo de Con Air, A Oura Face, Despedida em Las Vegas e 60 Segundos, acabou sendo retirada por não se encaixar bem na continuidade da história, no terceiro ato, porém, segundo o próprio Nicolas Cage, ela foi filmada, e estará nos extras de futura versão em Home Video.

Um filme para assistir sem pretensão alguma, mas, com os olhos bem abertos para cada situação não passar batida!

Nossa nota? 9,5, claro! (Para chegar ao 10, faltou apenas um ato musical com dança).

A estréia oficial é no dia 12 de Maio nos cinemas do Brasil, pela Paris Filmes.

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