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O EXORCISTA comemora 36 anos de lançamento!

Há exatamente 36 anos, no dia 22 de setembro de 1973, estreava O Exorcista, filme de William Friedkin que vinha logo após o seu sucesso com Operação França e um novo crédito alcançado em Hollywood.

Apoiado pela igreja católica e pelo público da época, O Exorcista tornou-se a maior renda de bilheteria da história da Warner, e também entre todos os filmes com censura máxima, desde que sejam considerados os efeitos da inflação. Contudo, não foi muito bem visto, na época, por grande parcela da crítica especializada. Alguns reclamaram das concessões às regras do cinema de gênero, o que me parece um absurdo dantesco. Outros cismaram que há um excesso de gosma saindo de Linda Blair, como se eles fossem peritos em exorcismo e tivessem presenciado vários deles.

O quarto longa-metragem de William Friedkin foi também acompanhado de polêmica na época, graças a suas cenas de puro horror, consideradas muito fortes. A masturbação de Linda Blair com o crucifixo foi censurada, limada das cópias cinematográficas, junto de outras cenas escandalosas (incluindo a fala: "me f..., seu padre bicha"), até 2000, quando o filme foi relançado em cópias que apresentavam o corte mais próximo possível do que o diretor queria na época, com todas as excreções e heresias da pequena menina esverdeada.

O que foi mantido, ainda em 1973, foi a inserção de pequenos trechos para incomodar o espectador, trechos estes que mal podiam ser percebidos, mas ficavam no subconsicente. Era uma prática adotada pelo cinema moderno, levada a direções desafiadoras em Hiroshima Meu Amor e O Ano Passado em Marienbad, de Alain Resnais, e mencionada de uma maneira simplória em O Clube da Luta, com os falos eretos inseridos por um projecionista de um cinema visitado pelo protagonista, só para provocar. Esses trechos imperceptíveis seriam responsáveis por uma sensação constante de desconforto, o que só ajuda a atmosfera que Friedkin pretendia explorar.

No elenco, Ellen Burstyn, como a mãe da menina possuída, e Max von Sydow, como o padre exorcista, são responsáveis pela incrível unidade da narrativa. São atores experientes, que sabiam como manter o clima de permanente horror exigido e deixavam que Linda Blair abusasse de caras e bocas, auxiliada pela maquiagem ganhadora de diversos prêmios (mas não do Oscar, para o qual nem sequer foi nominada), como a garotinha endemoninhada.

William Peter Blatty produziu e escreveu o roteiro, baseado em seu próprio livro, que por sua vez foi baseado num exorcismo real ocorrido em 1949. Blatty ainda dirigiu o terceiro filme da série, já descendo ladeira abaixo, e fez o roteiro de O Exorcista - O Início, de 2004, que também não chegou aos pés do original.

Friedkin continuaria com sua carreira, realizando os espetaculares Comboio do Medo (refilmagem de O Salário do Medo, de Henri-Georges Clouzot), Parceiros da Noite (em que aborda os subterrâneos da comunidade gay sem pudores) e Viver e Morrer em Los Angeles, policial de tirar o fôlego.

Voltando a O Exorcista, o único dos derivados do original de 1973 que não passa vergonha, além, claro, do relançamento de 2000, seja O Exorcista 2 - O Herege, dirigido por John Boorman, cineasta inglês que curiosamente recusou o convite para o filme inaugural, argumentando que seu roteiro era cruel demais com a ideia de infância.

Curiosidade: O Exorcista (1973) arrecadou cerca de US$ 441 milhões nas bilheterias mundiais


É isso aí pessoal, PARABÉNS ao EXORCISTA pelos 36 anos de sucesso!

YATTA!

bye-Q!

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