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Dois Francos

(publicado originalmente em Reg Thope - Fornit Some Fornus)

127 Horas
Até alguns dias atrás, os únicos filmes que havia visto na vida com o trabalho de James Franco eram os três da franquia de Homem-Aranha (2002 - 2004 - 2007). E não se engane pensando que o fato de eu fazer esse post signifique que eu o ache um ator fora de série ou coisa do tipo. Até sou da opinião que Franco seja um bom ator, mas nada muito acima disso. Só estou escrevendo essas linhas por que, coincidentemente, os dois últimos filmes que assisti tiveram a participação dele e, como estou meio sem assunto, resolvi falar sobre isso.

O primeiro foi 127 Horas (127 Hours, 2010). O filme narra a angustiante experiência real vivida pelo alpinista Aron Ralston, que ficou com sua mão presa sob uma rocha durante cinco dias em uma caverna nos cânions de Moab, Utah. Já sabia mais ou menos como o filme terminava antes mesmo de assisti-lo, mas não posso dizer que isso o estragou para mim. Enquanto o via, fiz na minha cabeça uma comparação meio grotesca com o filme Náufrago. Ironicamente, em Náufrago o protagonista está isolado em uma ilha deserta a milhares de quilômetros da civilização, mas se comparado a Ralston, a situação parece menos desesperadora. Enquanto o Chuck Noland de Tom Hanks consegue se locomover com facilidade, o alpinista vivido por Franco fica preso a uma parede e vê, a medida que o tempo passa, sua comida, água e esperança terminarem aos poucos. Ao assistir o desfecho do filme, percebemos que o homem chegou no seu limite e simplesmente não tinha outra alternativa.
Apesar de não ser uma obra-prima, James Franco atua com extrema competência. O filme foi indicado a seis Oscar (roteiro adaptado, edição, trilha sonora, canção original, ator - Franco - e filme). Embora pareça um exagero o número de indicações, o filme realmente é muito bem produzido no aspecto técnico. A participação da trilha sonora dentro do contexto da história é, no mínimo, curiosa.
Dirigido por Danny Boyle.

127 Horas - trailer
 
 


O segundo filme com James Franco que vi nos último dias foi O Último Suspeito (City By The Sea, 2002) que, por sinal, também é baseada em fatos reais. Nesse, Franco faz o papel de Joey, filho problemático de um policial veterano interpretado por Robert de Niro. O trama principal gira em torno da suspeita de que Joey seja um assassino. A relação entre pais e filhos também é bastante abordada no filme que, admito, só comprei por que é com o De Niro.
O Último Suspeito é um filme típico de Super Cine, nos sábados à noite. Não é daqueles que vão te fazer ter dores de cabeça na manhã seguinte por ter pensado demais. É um filme para ser visto comendo pipoca, e nada mais do que isso.

 
 
 
 
O Último Suspeito - trailer
 
 

Pronto. Já fiz um post sobre James Franco. Se o sujeito ganhar um Oscar nos próximos anos, não vão poder dizer que nunca havia notado o cara.
 

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