A Arte de Colecionar Videogames - Parte 1
Quem nunca teve vontade de jogar videogame, mesmo que seja um aparelho antigo, que nunca teve contato, mesmo que apenas pra conhecer? Eu, por sorte, conheci muitos aparelhos,e fui colecionando e segurando os que eu mais gostava, e assim, nasceu uma belíssima coleção.
Meu Gameboy Color, por exemplo, é uma história bem curiosa: Eu sempre quis ter um gameboy, mas, era caro demais, e não era muito popular. Aí, estourou em vendas por causa de Pokemon, e me mantive sem dinheiro pra comprar o aparelho, e até mesmo o jogo. Estava eu, saindo da escola em um certo dia, após apanhar de dois valentões,e ter levado bronca da diretora, como se eu que tivesse feito algo errado, enquanto os valentões, nem advertência verbal tiveram. Na tristeza, estava de cabeça baixa indo da porta até a perua escolar, e, caído ao lado de uma árvore, estava um troço quadrado amarelo e duas pilhas soltas no chão. Como sou muito curioso, fui ver o que era, enquanto o motorista da perua tomava um café rapidinho antes de levar todos pra casa. Era um Gameboy Color amarelo, com o jogo Pokemon Yellow encaixado. Não tinha a tampa traseira das pilhas, mas, tinha as pilhas ali. Sujo de terra, mas, botei as pilhas e estavam funcionando. Perguntei em volta se alguém tinha perdido um videogame portátil, mas, ninguém havia perdido. Levei pra casa, no dia seguinte, perguntei na escola pra galera de várias salas, se alguém tinha perdido um videogame portátil (se alguém tivesse perdido, saberia exatamente o que perdeu, e estaria à procura), e novamente, nada. Logo, acabou ficando pra mim, e até hoje eu ainda jogo com o mesmo cartucho, e mesmo aparelho. Consegui uma tampa para as pilhas alguns meses depois.
Todo item da minha coleção tem alguma história curiosa, curta ou longa. Já mostrei alguns deles em vídeos de youtube, entrevistas aleatórias, e até mesmo no programa "Em Revista", apresentado pelo grande Evê Sobral, lá na Rede Brasil, este ano (2018).
Meu Nintendo 3DS, foi um belíssimo achado. Haviam acabado de lançar mundialmente este novo portátil, que além de usar duas telas, uma delas sendo touch, agora havia a possibilidade de ver as imagens em 3D (apesar de ser um 3D bem fraco, que dava dor de cabeça em mutia gente). Eu estava louco pra ter um, e tinha acabado de arrumar um emprego em uma loja multinacional (FNAC, da Avenida Paulista). Como o salário é dividido pra ser recebido uma parte na metade do mês e outra parte no começo do próximo mês, peguei meu primeiro recebimento, e fui na loja de um amigo na Liberdade, pra perguntar se ele sabia quem vende mais barato, e ele me apresentou um cara (que posteriormente se tornou amigo meu também), que trabalhava num box que vendia alicates de unha e cutícula, mas, por fora, ele importava e revendia jogos antigos e novos, e ele tinha, rpa minha surpresa, um Nintendo 3DS, na caixa, com manual, vindo dos Estados Unidos, junto com o jogo doo John Madden de futebol americano, e o Street Fighter 4 3D Edition, ambos com caixa e manual, mais 2 fitas sem caixa (New Super Mario Bros e um da Barbie). Perguntei o preço, e ele disse "esse consegui baratinho, posso te fazer a 150 reais". Na época, na loja, era a partir de 700 reais. De repente, um com 4 jogos, usado, mas, completinho, e cara de novo, por 150, parecia pegadinha. Ele sabia que ele tinha ouro nas mãos, mas, disse "eu prefiro vender pra quem vai cuidar bem, do que pra um qualquer. E nosso amigo em comum disse que você é um colecionador de verdade, então, eu confio nele, logo, confiarei em você!".
E foi assim que consegui meu Nintendo 3DS, que atualmente, inclusive, uso como instrumento musical pra tocar ao vivo com aplicativo de criação de música, e um cartucho Korg-DS10.
Dentre minhas coleções, possuo até mesmo roupas exclusivas, e não podia deixar de estar usando uma destas: O pessoal da loja Banana Frita, que fez parceria oficial com a Capcom para fazer modelos exclusivos, está inaugurando a loja Banana Geek, na qual iniciaram em julho no Anime Friends, com camisetas, chinelos, mochilas, etc, de personagens da Capcom, e jogaram logo de cara Street Fighter e Resident Evil. Lógico que, a camiseta com tom retrô, com os personagens em preto e branco, e os toques de vermelho, como se fosse tela de seleção de personagens de RPG antigo, me cativaram logo de cara.
Quando foram lançados os jogos Pokemon Gold e Silver, eles foram um tremendo sucesso. Traziam algumas inovações, o dobro de pokemons que na versão anterior, dentre várias outras coisas. E quando lançaram remake do jogo, com muitas atualizações, e chamaram de Pokemon Heart Gold / Soul Silver, senti que a coisa ia ser muito louca! Tive sorte de poder comprar UM DIA ANTES do lançamento, a versão Soul Silver, que vinha com este pequeno objeto, o "PokeWalker", que seria um bichinho virtual com marcapasso, que, até hoje, é considerado um dos mais precisos marcadores de passos já feito (melhor até que o marcador de passos interno do Nintendo 3DS, que é mais novo que o PokeWalker).
Pra finalizar este post com chave de ouro, aqui está um item curioso: o jogo Beat Em Up do podcast brasileiro "99 Vidas", para Playstation 4, que existia apenas em mídia digital para comprar na PSN, teve uma edição de colecionador limitadíssima, com uma base de aproximadamente 2.300 cópias pra dividir apenas na Alemanha, e que eu consegui, por ter parceria com a loja gringa de vendas que produziu esta edição física (que está maravilhosa).
Coleção é uma arte, e não é qualquer um que consegue manter. Muitos pensam que apenas quem é rico pode colecionar, mas, na realidade, mesmo alguém rico pode não saber colecionar direito. Uma coleção só tem valor se tiver história, se o dono souber o valor real, e o valor sentimental que seus itens trazem e podem manter ao seu lado.
Colecionar não é a mesma coisa que acumular. Ser "acumulador" é doença, ser "Colecionador", é uma arte, e não uma doença. Pessoas que não são colecionadoras, provavelmente vão achar que colecionadores são apenas acumuladores de lixo. É por isso que tantos itens importantes da história foram perdidos ao longo dos tempos.
E você? Coleciona algo?
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