[CRÍTICA COM SPOILERS] Star Wars: A Ascensão Skywalker
Atenção: A crítica a seguir contém revelações do enredo e polêmicas para deixar qualquer fã chato revoltado. Siga por conta e risco.
Regado de elementos dos filmes anteriores e até mesmo do antigo futuro ignorado (atualmente Legends), além de muito fan service (o que pra mim não desmerece, afinal, "sou fã, quero service"), Star Wars chega ao seu novo "final" (rs) com um filme... "bom". O mais fraco dessa última trilogia, devo dizer, mas ainda bom. Tem ótimos momentos e um clima de aventura diferente dos anteriores. Assim como os dois anteriores, esse também faz menção ao seu respectivo filme em sua respectiva posição em relação a trilogia original.
Dizem que o maior vilão da franquia não é a Disney, George Lucas, J. J. Abrams ou Rian Johnson, mas sim os fãs. Pois bem. Eu particularmente gostei demais dessa polêmica trilogia ao todo. O Despertar da Força foi sensacional, mesmo sendo uma cópia de Uma Nova Esperança. Para mim, até melhor que seu original (POLÊMICA!) [sem desmerecer nenhum, já aviso, visto que gosto de todos]. Os Últimos Jedi então... Que maravilha de filme! Tem sim seus erros, mas foi inovador, ousado, desafiador. Pegou as teorias e jogou tudo no lixo. Foi além do esperado. Revê-lo o torna melhor ainda.
Eis que chegamos ao esperado fim com A Ascensão Skywalker. Deixando a ousadia de lado e confrontando as mudanças de seu antecessor, Abrams decide abraçar novamente a nostalgia já desenvolvida antes e se aventura por terras seguras, mas sem "novidade". Dessa vez temos uma das tramas mais simples da franquia: Palpatine está de volta para um ataque final. Os rebeldes tem poucas horas para encontrar um meio de chegar ao local e impedir o ataque. Fim.
É uma aventura bem "aventurescas", onde os personagens vão até um local e "reviravoltas" vão levando a outros acontecimentos, um atrás do outro. Os desafios porém parecem possuir soluções simples, vide a cena da resistência sendo sugada pela areia e pronto, encontram nave sith e até uma adaga com a localização do que eles querem. Não que seja algo simplesmente forçado, mas faltou um "algo a mais" para as situações. O roteiro ajuda dos personagens, por assim dizer.
Deixaram a Rey bem mais poderosa nesse longa (convenhamos, ficou ótimo). Seu passado é novamente explorado, dessa vez com uma revelação bombástica: Ela é uma Palpatine. Isso fica na cara na cena do deserto, entretanto, o que de certa forma diminui o impacto quando finalmente confirmam sua linhagem. Mas... Baita plot.
Kylo Ren continua sua busca de ser melhor que Vader (coitado rs), mas ao mesmo tempo indaga suas escolhas. Sei que muitos não curtem o personagem, mas eu vi nele muito potencial, do qual foi satisfatório. O cara matou o pai, tentou matar a mãe, matou seu líder... Ele é sim do mal. Um mimado que quer tudo do jeito dele, mas ainda assim um personagem muito interessante. A personificação dos fãs chatos, posso brincar.
Alguns personagens secundários ainda tem seus momentos, mas senti falta de mais espaço para outros. A Rose foi reduzida de forma tão absurda que parece que se renderam aos haters (na verdade todo o filme parece ter sido aliviado em questão dos haters, mas enfim). Finn deixa indícios de potencial de lado para se tornar apenas um complemento. Poe continua deixando sua marca e abre pontas para derivados.
Há também novos personagens, mas o que mais marca acaba sendo o alívio cômico do filme. Introduzido durante o arco do C3PO, o pequeno Babu Frik se destaca pelo seu estilo humorado. Particularmente me lembrou o Massa Cinzenta do Ben 10 só que engraçado, mas ok.
Depois de Kylo "sair" da jogada, Palpatine se torna o foco dos vilões. E ele volta sinistrão, mesmo ainda dependendo de máquinas, como um clone acabado que necessita de vida. Falando em clones, repararam outros Snokes no local? Muitos detalhes esse filme deixou em aberto, mas que já haviam sido explorados nos quadrinhos. Inclusive Palpatine também voltava no rejeitado futuro de Star Wars, mas quem o enfrentava era Luke Skywalker, que chegou a ir para o lado negro momentaneamente.
O clímax tá sensacional, embora se assemelhe muito a Vingadores: Ultimato. Disney reciclando. Pena que faltou ousadia. Tirando o fato de que nenhuma nave do Império atirou um único lazer destruidor de planetas quando a tropa rebelde chegou, o que pode ser justificado como licença poética (rs) pro ataque posterior do Palpatine, todo o momento se torna visualmente belo e de certa forma empolgante. Uma verdadeira guerra no espaço, dentro e fora das naves, e até mesmo em cima delas, como se transportassem a guerra de Rogue One para as alturas.
O conflito de Rey com Kylo Ren continua sendo o ponto mais interessante do longa. Defendo e ainda reforço para prestarem mais atenção em seus momentos. O auge mesmo foi no filme anterior, mas aqui ainda está ótimo. Nesse, obviamente, temos a conclusão dessa batalha. Depois de boas cenas entre os dois, ambos encontram um temporário fim numa cena interessante. Ao se unirem contra Palpatine, porém, sua conclusão agridoce é completamente duvidosa. Até demais.
Embora já estivesse no ar um possível romance, o filme encerra a saga dos personagens como se fosse fruto de uma fanfic. Diferente de muitos que se contorceram, não vi nada demais no ato, inclusive é até justificável, visto todos os indícios, mas a forma que se desenvolveu é onde está o problema. A cena é terrível e quase estraga toda a grandiosidade construída até aquele momento. O caso lembra certa personagem que enlouqueceu em Game of Thrones, mas que esqueceram de dar mais tempo de tela para o "pré-ato". Para piorar, forçam a ideia das falsas mortes, de fingir que alguém morreu e o personagem reaparecer depois, usada outras vezes durante o longa, como foi o caso do Chewbacca. Quando alguém acaba por morrer mesmo, não há o peso que deveria. Ou seja: A morte de Kylo, foi desnecessária, mal feita e sem o peso que deveria.
A conclusão é outro problema: Rey rejeita sua linhagem Palpatine e se assume Skywalker. Ficou muito bonitinho. Não é isso que as pessoas querem. Se Rey se assumisse Palpatine, seria uma grande ironia, mais do que já foi. Quem imaginaria uma Palpatine jedi? Agora é meu momento fanfic: Se terminasse com Rey e Kylo juntos, formando um casal Skywalker-Palpatine, a ideia de "equilíbrio da Força" seria melhor ainda. De uma forma ou de outra, conseguiram encerrar a saga Skywalker e talvez até mesmo a saga Palpatine. E vale frisar que minha crítica não é por não ser do jeito que eu esperava, mas sim por ser de um jeito que não ficou convincente.
O longa serve como uma despedida para nossa eterna Leia e a atriz Carrie Fisher. Diferente das mortes de Han Solo e de Luke Skywalker, a atriz de Leia Organa realmente faleceu, anos atrás. Chega a ser irônico, visto que os outros dois atores que tiveram seus personagens mortos ainda estão vivos (pelo menos até antes da escrita desta crítica). E que bela homenagem.
A Ascensão Skywalker é o filme que mais explora o lado místico da franquia, algo visto muitas vezes em outras mídias, principalmente nos quadrinhos. Isso acaba tornando a trama "corrida" e deixando muitas pontas rasas. No fim, é apenas mais um bom filme de Star Wars, com tudo que se tem direito, mas "só". Dá pra dizer que, mesmo a desejar, tem certo peso pra encerrar a trilogia da qual faz parte, mas não a franquia. Mas vida que segue. No aguardo de mais filmes Star Wars explorando novas tramas em seus derivados, embora duvide que em menos de duas décadas não tenhamos um Star Wars X.
Quem sabe filmes da Antiga República, solos de personagens que as pessoas realmente querem ver (tipo Mace Windu, sei lá), aventuras solos do Vader no começo de seu reinado (inspirado nas HQs), um do Jar Jar... Parei. Sem zoeira, queria um especial com os Droids (me divirto com eles nas obras envolvendo a prequel) (se teve dos chatíssimos ewoks...). Devo estar esquecendo de mencionar algo, mas se lembrasse não estaria escrevendo isso.
Regado de elementos dos filmes anteriores e até mesmo do antigo futuro ignorado (atualmente Legends), além de muito fan service (o que pra mim não desmerece, afinal, "sou fã, quero service"), Star Wars chega ao seu novo "final" (rs) com um filme... "bom". O mais fraco dessa última trilogia, devo dizer, mas ainda bom. Tem ótimos momentos e um clima de aventura diferente dos anteriores. Assim como os dois anteriores, esse também faz menção ao seu respectivo filme em sua respectiva posição em relação a trilogia original.
Dizem que o maior vilão da franquia não é a Disney, George Lucas, J. J. Abrams ou Rian Johnson, mas sim os fãs. Pois bem. Eu particularmente gostei demais dessa polêmica trilogia ao todo. O Despertar da Força foi sensacional, mesmo sendo uma cópia de Uma Nova Esperança. Para mim, até melhor que seu original (POLÊMICA!) [sem desmerecer nenhum, já aviso, visto que gosto de todos]. Os Últimos Jedi então... Que maravilha de filme! Tem sim seus erros, mas foi inovador, ousado, desafiador. Pegou as teorias e jogou tudo no lixo. Foi além do esperado. Revê-lo o torna melhor ainda.
Eis que chegamos ao esperado fim com A Ascensão Skywalker. Deixando a ousadia de lado e confrontando as mudanças de seu antecessor, Abrams decide abraçar novamente a nostalgia já desenvolvida antes e se aventura por terras seguras, mas sem "novidade". Dessa vez temos uma das tramas mais simples da franquia: Palpatine está de volta para um ataque final. Os rebeldes tem poucas horas para encontrar um meio de chegar ao local e impedir o ataque. Fim.
É uma aventura bem "aventurescas", onde os personagens vão até um local e "reviravoltas" vão levando a outros acontecimentos, um atrás do outro. Os desafios porém parecem possuir soluções simples, vide a cena da resistência sendo sugada pela areia e pronto, encontram nave sith e até uma adaga com a localização do que eles querem. Não que seja algo simplesmente forçado, mas faltou um "algo a mais" para as situações. O roteiro ajuda dos personagens, por assim dizer.
Deixaram a Rey bem mais poderosa nesse longa (convenhamos, ficou ótimo). Seu passado é novamente explorado, dessa vez com uma revelação bombástica: Ela é uma Palpatine. Isso fica na cara na cena do deserto, entretanto, o que de certa forma diminui o impacto quando finalmente confirmam sua linhagem. Mas... Baita plot.
Kylo Ren continua sua busca de ser melhor que Vader (coitado rs), mas ao mesmo tempo indaga suas escolhas. Sei que muitos não curtem o personagem, mas eu vi nele muito potencial, do qual foi satisfatório. O cara matou o pai, tentou matar a mãe, matou seu líder... Ele é sim do mal. Um mimado que quer tudo do jeito dele, mas ainda assim um personagem muito interessante. A personificação dos fãs chatos, posso brincar.
Alguns personagens secundários ainda tem seus momentos, mas senti falta de mais espaço para outros. A Rose foi reduzida de forma tão absurda que parece que se renderam aos haters (na verdade todo o filme parece ter sido aliviado em questão dos haters, mas enfim). Finn deixa indícios de potencial de lado para se tornar apenas um complemento. Poe continua deixando sua marca e abre pontas para derivados.
Há também novos personagens, mas o que mais marca acaba sendo o alívio cômico do filme. Introduzido durante o arco do C3PO, o pequeno Babu Frik se destaca pelo seu estilo humorado. Particularmente me lembrou o Massa Cinzenta do Ben 10 só que engraçado, mas ok.
Depois de Kylo "sair" da jogada, Palpatine se torna o foco dos vilões. E ele volta sinistrão, mesmo ainda dependendo de máquinas, como um clone acabado que necessita de vida. Falando em clones, repararam outros Snokes no local? Muitos detalhes esse filme deixou em aberto, mas que já haviam sido explorados nos quadrinhos. Inclusive Palpatine também voltava no rejeitado futuro de Star Wars, mas quem o enfrentava era Luke Skywalker, que chegou a ir para o lado negro momentaneamente.
O clímax tá sensacional, embora se assemelhe muito a Vingadores: Ultimato. Disney reciclando. Pena que faltou ousadia. Tirando o fato de que nenhuma nave do Império atirou um único lazer destruidor de planetas quando a tropa rebelde chegou, o que pode ser justificado como licença poética (rs) pro ataque posterior do Palpatine, todo o momento se torna visualmente belo e de certa forma empolgante. Uma verdadeira guerra no espaço, dentro e fora das naves, e até mesmo em cima delas, como se transportassem a guerra de Rogue One para as alturas.
O conflito de Rey com Kylo Ren continua sendo o ponto mais interessante do longa. Defendo e ainda reforço para prestarem mais atenção em seus momentos. O auge mesmo foi no filme anterior, mas aqui ainda está ótimo. Nesse, obviamente, temos a conclusão dessa batalha. Depois de boas cenas entre os dois, ambos encontram um temporário fim numa cena interessante. Ao se unirem contra Palpatine, porém, sua conclusão agridoce é completamente duvidosa. Até demais.
Embora já estivesse no ar um possível romance, o filme encerra a saga dos personagens como se fosse fruto de uma fanfic. Diferente de muitos que se contorceram, não vi nada demais no ato, inclusive é até justificável, visto todos os indícios, mas a forma que se desenvolveu é onde está o problema. A cena é terrível e quase estraga toda a grandiosidade construída até aquele momento. O caso lembra certa personagem que enlouqueceu em Game of Thrones, mas que esqueceram de dar mais tempo de tela para o "pré-ato". Para piorar, forçam a ideia das falsas mortes, de fingir que alguém morreu e o personagem reaparecer depois, usada outras vezes durante o longa, como foi o caso do Chewbacca. Quando alguém acaba por morrer mesmo, não há o peso que deveria. Ou seja: A morte de Kylo, foi desnecessária, mal feita e sem o peso que deveria.
A conclusão é outro problema: Rey rejeita sua linhagem Palpatine e se assume Skywalker. Ficou muito bonitinho. Não é isso que as pessoas querem. Se Rey se assumisse Palpatine, seria uma grande ironia, mais do que já foi. Quem imaginaria uma Palpatine jedi? Agora é meu momento fanfic: Se terminasse com Rey e Kylo juntos, formando um casal Skywalker-Palpatine, a ideia de "equilíbrio da Força" seria melhor ainda. De uma forma ou de outra, conseguiram encerrar a saga Skywalker e talvez até mesmo a saga Palpatine. E vale frisar que minha crítica não é por não ser do jeito que eu esperava, mas sim por ser de um jeito que não ficou convincente.
O longa serve como uma despedida para nossa eterna Leia e a atriz Carrie Fisher. Diferente das mortes de Han Solo e de Luke Skywalker, a atriz de Leia Organa realmente faleceu, anos atrás. Chega a ser irônico, visto que os outros dois atores que tiveram seus personagens mortos ainda estão vivos (pelo menos até antes da escrita desta crítica). E que bela homenagem.
A Ascensão Skywalker é o filme que mais explora o lado místico da franquia, algo visto muitas vezes em outras mídias, principalmente nos quadrinhos. Isso acaba tornando a trama "corrida" e deixando muitas pontas rasas. No fim, é apenas mais um bom filme de Star Wars, com tudo que se tem direito, mas "só". Dá pra dizer que, mesmo a desejar, tem certo peso pra encerrar a trilogia da qual faz parte, mas não a franquia. Mas vida que segue. No aguardo de mais filmes Star Wars explorando novas tramas em seus derivados, embora duvide que em menos de duas décadas não tenhamos um Star Wars X.
Quem sabe filmes da Antiga República, solos de personagens que as pessoas realmente querem ver (tipo Mace Windu, sei lá), aventuras solos do Vader no começo de seu reinado (inspirado nas HQs), um do Jar Jar... Parei. Sem zoeira, queria um especial com os Droids (me divirto com eles nas obras envolvendo a prequel) (se teve dos chatíssimos ewoks...). Devo estar esquecendo de mencionar algo, mas se lembrasse não estaria escrevendo isso.
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