[CRÍTICA] Em Defesa de Cristo - Uma esperança para os filmes religiosos?
Calma, você está no lugar certo. Talvez esteja se perguntando: "Ué, crítica de filme religioso por aqui?". Pois é. Aproveitando o Natal e sua comemoração, decidi dar espaço a algo que ninguém espera ver por aqui: Um filme cristão. Não que não tenha tido filme religioso antes, visto que um bom tempo atrás falei sobre Últimos Dias no Deserto, mas esse nem conta. É bom dar uma variada de vez em quando, não?
Fazendo uma análise mais simples, trago a vocês a crítica de "Em Defesa de Cristo". É um filme do qual enrolei bastante para ver com medo de ser igual a certa franquia relativamente famosa. Em meio a tantos filmes ditos cristãos porém duvidosos, o longa surge como uma esperança ao gênero (embora eu duvide que vá salvá-lo). Não é nada tipo "Deixados Para Trás", vale citar, que trouxe uma ação para o meio (até sofrer um reboot pior que seu original), mas é um drama melhor que boa parte do que é lançado, mesmo se prendendo a um molde semelhante.
Sim, ainda é um filme totalmente voltado pro público religioso (o que não vejo problema nenhum, diferente de alguns críticos que criticaram mais esse fato do que o filme em si [nisso sim vejo problema]), mas de modo geral ainda tem seus créditos. Bem produzido, inclusive. Apresenta e defende seus argumentos sem ofender ninguém. Ou seja: É tudo o que a trilogia Deus Não Está Morto deveria ter sido e não foi.
[Aproveitando, um adentro: O primeiro Deus Não Está Morto, além de exagerado, era muito mal feito. Ainda não entendo como as pessoas gostam daquilo. O segundo teve uma evolução absurda, mas ainda mantinha muitos dos problemas, embora no fundo eu tenha achado de longe o melhor da trilogia (não que seja bom rs). O terceiro ironicamente é o mais bem feito cinematograficamente falando, assim como o mais respeitável, mas com a pior das três tramas. Tal franquia nas mãos de alguém competente, sairia algo no mínimo bom. Agora voltemos ao que interessa.]
A trama de Em Defesa de Cristo é baseada num livro de mesmo nome, baseado numa história real sobre o jornalista ateu Lee Strobel, do Chicago Tribune, que busca desmascarar o cristianismo após sua esposa se converter. Ele parte em busca de provas e pra isso entrevista profissionais de diversas áreas, tanto ateu quanto religioso. Enquanto isso, sua investigação policial no jornal acaba servindo como um adicional comparativo para a trama.
Deve-se ter em mente que, obviamente, não é um filme que vai provar a existência de Deus, mas é um filme que busca mostrar como tal jornalista se converteu ao pesquisar a historicidade da crucificação de Jesus. Também mostram como a questão da fé fala mais alto que tudo. Cumprem o que prometem. O filme não tem medo ao indagar sobre certas questões, visto que a todo momento o protagonista tem suas dúvidas, até por ele não acreditar em nada daquilo, mas também não vai tão além quanto poderia ter ido. É como se não quisesse adentrar a questões mais polêmicas.
Os ganchos de potenciais deixados podem render continuações sobre o jornalista tentando entender melhor o universo cristão. Vale citar que o livro é o primeiro de dezenas de uma franquia que o autor escreve até hoje. Seria bem interessante se mantivessem a qualidade, mas também gostaria que ousassem mais. Ora, é um ateu jornalista indagando tudo e ainda se convertendo. Bora explorar.
Em geral, só de não ter o clichê de evangélico "do bem" humilhando ateu "do mal" nem de terminar com um musical ignorando tudo o que foi construído até ali já vale muito (nossa, quantas indiretas fiz aos outros filmes rs). Embora o próprio jornalista seja problemático, com problemas familiares, não se encaixa nesse exagero a ponto de poder ser comparado com outras obras do gênero igualmente. Em Defesa de Cristo acabou sendo uma boa surpresa. Não é um filmaço, mas vale muito a curiosidade. Novamente, ainda é um filme religioso voltado pro público cristão e isso não tem problema nenhum, mas quem for conferir deve ter essa consciência.
Sabe a ironia? O filme é produzido pela Pure Flix, a mesma que fez a trilogia que critiquei aqui. Vai entender...
Fazendo uma análise mais simples, trago a vocês a crítica de "Em Defesa de Cristo". É um filme do qual enrolei bastante para ver com medo de ser igual a certa franquia relativamente famosa. Em meio a tantos filmes ditos cristãos porém duvidosos, o longa surge como uma esperança ao gênero (embora eu duvide que vá salvá-lo). Não é nada tipo "Deixados Para Trás", vale citar, que trouxe uma ação para o meio (até sofrer um reboot pior que seu original), mas é um drama melhor que boa parte do que é lançado, mesmo se prendendo a um molde semelhante.
Sim, ainda é um filme totalmente voltado pro público religioso (o que não vejo problema nenhum, diferente de alguns críticos que criticaram mais esse fato do que o filme em si [nisso sim vejo problema]), mas de modo geral ainda tem seus créditos. Bem produzido, inclusive. Apresenta e defende seus argumentos sem ofender ninguém. Ou seja: É tudo o que a trilogia Deus Não Está Morto deveria ter sido e não foi.
[Aproveitando, um adentro: O primeiro Deus Não Está Morto, além de exagerado, era muito mal feito. Ainda não entendo como as pessoas gostam daquilo. O segundo teve uma evolução absurda, mas ainda mantinha muitos dos problemas, embora no fundo eu tenha achado de longe o melhor da trilogia (não que seja bom rs). O terceiro ironicamente é o mais bem feito cinematograficamente falando, assim como o mais respeitável, mas com a pior das três tramas. Tal franquia nas mãos de alguém competente, sairia algo no mínimo bom. Agora voltemos ao que interessa.]
A trama de Em Defesa de Cristo é baseada num livro de mesmo nome, baseado numa história real sobre o jornalista ateu Lee Strobel, do Chicago Tribune, que busca desmascarar o cristianismo após sua esposa se converter. Ele parte em busca de provas e pra isso entrevista profissionais de diversas áreas, tanto ateu quanto religioso. Enquanto isso, sua investigação policial no jornal acaba servindo como um adicional comparativo para a trama.
Deve-se ter em mente que, obviamente, não é um filme que vai provar a existência de Deus, mas é um filme que busca mostrar como tal jornalista se converteu ao pesquisar a historicidade da crucificação de Jesus. Também mostram como a questão da fé fala mais alto que tudo. Cumprem o que prometem. O filme não tem medo ao indagar sobre certas questões, visto que a todo momento o protagonista tem suas dúvidas, até por ele não acreditar em nada daquilo, mas também não vai tão além quanto poderia ter ido. É como se não quisesse adentrar a questões mais polêmicas.
Os ganchos de potenciais deixados podem render continuações sobre o jornalista tentando entender melhor o universo cristão. Vale citar que o livro é o primeiro de dezenas de uma franquia que o autor escreve até hoje. Seria bem interessante se mantivessem a qualidade, mas também gostaria que ousassem mais. Ora, é um ateu jornalista indagando tudo e ainda se convertendo. Bora explorar.
Em geral, só de não ter o clichê de evangélico "do bem" humilhando ateu "do mal" nem de terminar com um musical ignorando tudo o que foi construído até ali já vale muito (nossa, quantas indiretas fiz aos outros filmes rs). Embora o próprio jornalista seja problemático, com problemas familiares, não se encaixa nesse exagero a ponto de poder ser comparado com outras obras do gênero igualmente. Em Defesa de Cristo acabou sendo uma boa surpresa. Não é um filmaço, mas vale muito a curiosidade. Novamente, ainda é um filme religioso voltado pro público cristão e isso não tem problema nenhum, mas quem for conferir deve ter essa consciência.
Sabe a ironia? O filme é produzido pela Pure Flix, a mesma que fez a trilogia que critiquei aqui. Vai entender...
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