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O Príncipe do Reino do Chilique

(publicado originalmente em Reg Thorpe - Fornit Some Fornus)

Sou um cara que não se impressiona com uma obra artística simplesmente pelo fato dela ser clássica. Gosto de O Poderoso Chefão porque é um excelente livro, não porque é conceituado. Gosto de Chaplin porque é ÓBVIO que ele era um artista muito a frente do seu tempo, não porque é cult.
Também não sou um sujeito muito profundo no que se refere a analisar obras artísticas, mas também há ocasiões em que vejo profundidade onde quase ninguem mais vê. Acho o primeiro Rambo muito mais cabeça do que a maioria das pessoas. Ora, o protagonista é um veterano do Vietnã atormentado, procurando um lugar na sociedade civil, que o odeia. Aquele diálogo final dele com o Coronel Trautman é fantástico ("Ah, o Chevy vermelho...")

Mas estou fugindo do assunto desse post. O que quero dizer é que obras históricas não me deixam arrepiado só porque são históricas. Não gosto de poesia, por exemplo. Acho chato.

Bom, o caso é que o curso universitário que estava fazendo me obrigava a entrar em contato com algumas dessas obras. Hamlet, de Shakespeare foi a primeira.

A peça é conhecida e cultuada no mundo inteiro. Nunca havia lido porque já desconfiava que não fosse gostar, o que realmente aconteceu. Primeiro por causa da linguagem. Aquela poesia toda nos diálogos e metáforas cansam. Imagino se vista como PEÇA, deve ser um terrível.
Com relação a roteiro, também é bem fraquinha, com um final um tanto infantil. Basicamente é o seguinte:
O cenário é o reino da Dinamarca. O Rei Hamlet morreu misteriosamente no jardim do palácio. Seu irmão Claudio assumiu o trono e casou-se com a Rainha Gertrudes, mãe do principe Hamlet. O príncipe, todo chiliquento, por sua vez, não aceita a morte do pai e antigo rei.
Pouco tempo depois do falecimento do antigo monarca, um fantasma ronda os arredores do castelo, sendo primeiramente avistado por alguns guardas e amigos do principe. Como a aparência do fantasma é idêntica ao do falecido rei, Hamlet filho é comunicado pela guarda. Na noite seguinte, monta vigilia com os amigos e se encontra com o tal fantasma, que revela ser o espírito do rei, em busca de vingança por sua morte. Diz a Hamlet que foi assassinado pelo próprio irmão, Claudio.
O principe, incorfomado (e ainda duvidoso quanto à veracidade do fantasma), monta uma armadilha: faz com que um grupo teatral itinerante encene uma tragédia na qual o irmão de um rei mata o monarca e se casa com a rainha. Ao assistir a peça, o Rei Claudio é afetado. De qualquer forma, Hamlet passa a ser visto como louco por todos, já que parece entrar em uma depressão profunda. Ninguém sabe a razão disso. Fala-se que o jovem talvez esteja sofrendo de amor por Ofélia, filha do camarista real Polônio.
Hamlet é enviado pelo rei à Inglaterra (um exilio disfarçado), mas retorna escondido. Em um encontro com a mãe, mata Polônio acidentalmente. O fato faz com que Laertes, filho de Polônio se volte contra o rei, que o manipula a ponto de conspirar contra o principe.
Depois de muito lenga-lenga, a conspiração dá errado, porque no final da peça morre Hamlet, o rei, a rainha e Laertes. O reino acaba ficando para Fortinbrás, principe da Noruega e antigo rival do Rei Hamlet.

Muita tragédia, muita poesia, tra-lá-lá. Embora seja dito o contrário, Hamlet é uma história comum, nada mais.

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