Seção Assoprando o Cartucho - Clock Tower
E aí? Tudo tranquilis??
Mais uma semana se passou, e como prometido o tio Dan voltou para falar de mais um jogo. Na semana passada falei sobre E.V.O. de Snes .Hoje irei falar sobre um dos primeiros jogos de Survival Horror já produzido: Clock Tower para Snes.
Survival Horror: o nome já sugere que se trata de sobreviver à algo aterrorizante, são jogos que tem como objetivo provocar no jogador a sensação de medo e tensão. Existem muitos jogos deste gênero que são muito conhecidos pelo público, como Resident Evil, Silent Hill, Fatal Frame e Dead Space. Todos esses surgiram do PSX pra frente, mas como seria um Survival Horror em um console de 16 bits como o Super Nintendo?
Clock Tower foi produzido em 1995 pela Human Entertainment, sendo lançando primeiramente para Super Nintendo. Atualmente existem também lançamentos posteriores para consoles mais atuais como Playstation, Playstation 2 e Nintendo DS.
Você controla Jennifer, uma garota de 14 anos, cujo pai havia desaparecido de forma misteriosa após ser chamado para atender uma emergência domiciliar. Anos depois ela e mais três amigas são levadas pela Sra. Mary, a sua mãe adotiva, a uma assustadora mansão com uma imensa torre de relógio (isso mesmo, por isso o título, do jogo Einstein!).
Chegando lá, as quatro desaparecem e te resta a missão de procura-las sozinha nesta mansão bizarra e repleta de mistérios.
Um fato interessante é que a personagem é uma frágil menina de 14 anos, e não uma Lara Croft ou Jill Valentine da vida. Ou seja, Jennifer não possui preparo militar ou físico, não sabe descer porrada e muito menos usa armas de fogo. Nenhum item do jogo pode ser usado como arma, somente servem como chaves ou para e para serem usados em certos lugares.
Então alguém deve se perguntar: "Então como irei sobreviver nesse jogo? =B". A resposta é simples, faça o que uma garota em apuros tem condições de fazer para se salvar: CORRA!! E assim que achar algum lugar tente se esconder, seja em baixo da cama, atrás de cortinas, no banheiro, o importante é salvar a sua pele.
Quando nosso corpo crê que estamos em perigo, nossa glândula libera uma substância chamada adrenalina, a qual nos permite usar mais da capacidade do nosso corpo, coisa que não conseguimos fazer em estado normal... Isso faz com que tenhamos uma maior força física, ignoraremos a dor, corramos mais rápido; tudo graças ao nosso instinto de sobrevivência. Isso ocorre com a Jennifer: caso ela esteja sendo perseguida por Bobby, seu nível de adrenalina sobe, permitindo assim que ela corra mais rápido, salte objetos, segure a tesoura de Bobby, ou o empurre. Mas caso ela seja pega de surpresa, Jennifer pode se assustar, o que a torna mais frágil, menos veloz, e ela também pode tropeçar enquanto tenta escapar.
O game tem seu lado negativo, sua jogabilidade não é das melhores e possui diversos bugs, mas no geral é um ótimo jogo. O jogo consegue nos passar uma sensação ruim, até mesmo um certo nervosismo. Achei muito criativo o fato de a protagonista não poder se defender e ser afetada pelo medo e adrenalina, o que deixa o jogo muito mais real.
Os gráficos são muito bons, acho que explorou o que de melhor o Snes pode proporcionar visualmente se tratando de um game 2D. Os ruídos e a trilha sonora são perfeitos, pois aumentam ainda mais a tensão do jogador.
Clock Tower é um jogo digno de respeito - afinal, desenvolver um jogo de terror com engines modernas, modelagem 3D e todos os recursos disponíveis que surgiram após a era do Playstation é sem dúvida muito mais fácil. Agora, fazer o mesmo em uma época onde não existiam praticamente jogos deste gênero como referência, usando somente sprites 2D, com os recursos limitados de hardware de um console da era 16 bits, e mesmo assim conseguir passar a ideia de terror é sem dúvida uma coisa muito difícil, e que exige muita criatividade.
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