[ANÁLISE] Monument Valley 1 & 2 - Geometria sagrada na obra de arte dos jogos indie
Obs.: O "Monument Valley" referido aqui é o jogo pra Android, e não a reserva indígena nos EUA.
Puzzles repletos de ilusões de ótica acompanhados de uma trama linear com belos cenários e desafios cada vez mais curiosos. Esse é Monument Valley, jogo do estúdio independente Ustwo Games, lançado para iOS, Android e Windows Phone. O primeiro jogo saiu em 2014 e o segundo em 2017. Todos muito bem avaliados por crítica e público.
Desenvolvido em 2013, o designer-chefe Ken Wong revelou que Monument Valley foi inspirado nas xilografias japonesas, nas esculturas minimalistas e nos jogos indies Windosill, FEZ e Sword & Sworcery. Em busca de um jogo de alta qualidade, o estúdio não limitou cronograma nem orçamento para a realização do produto. Eis então o nascimento dessa obra-prima.
A gameplay é simples: O jogador percorre a fase, que é um grande labirinto, procurando áreas clicáveis e movendo o personagem e até mesmo as plataformas para chegar no outro lado. As fases parecem obras do clássico artista gráfico M. C. Escher ganhando vida. Tanto o primeiro quanto o segundo jogo seguem o mesmo estilo.
Na trama do primeiro jogo, Ida é uma princesa que viaja através dos labirintos em busca de perdão. Na continuação, ela guia sua filha Ro nessa aventura. As ilusões de óticas criadas pelas fases são de mexer com a cabeça. É o que se referenciam como "geometria sagrada", com tudo aquilo fazendo parte de algo maior e divino. Cada cenário é digno de um quadro (e isso foi proposital).
Talvez o único problema da franquia é durar pouco. Ambos os jogos podem ser completados em menos de duas horas cada. A experiência única pode ser maratonada de uma só vez, mas o recomendado é apreciar cada momento. O resultado é tão satisfatório que a vontade é de jogar muito mais. O primeiro jogo conta com a expansão Forgotten Shores, que rende mais alguns minutos prazerosos.
Vale citar, por curiosidade, que, em 2015, após o primeiro Monument Valley e antes do segundo, a Ustwo lançou Land's End, puzzle de realidade virtual para Gear VR. O jogo também foi bem aceito por crítica e público.
A obra de Monument Valley chegou a influenciar a cultura pop. Na TV, o jogo chegou a aparecer na série House of Cards, da Netflix. Na música, inspirou o clipe Hallelujah, da famosa banda de rock Panic! at the Disco. Nos jogos, os personagens foram adicionados ao jogo mobile Crossy Road, de "atravessar a rua". Um crítico da USGamer chegou a dizer que o jogo Lara Crof Go (Tomb Raider) parecia inspirado em Monument Valley, apesar de nunca terem confirmado isso oficialmente.
Em 2018, a Paramount anunciou uma adaptação de Monument Valley para o cinema, num misto de live-action e cgi. A direção será de Patrick Osborne, o mesmo do curta Feast, da Disney, e da série Imaginary Mary, a ABC. Ele também irá dirigir o filme animado baseado nos quadrinhos Nimona, com produção da Blue Sky.
Acesse o site oficial aqui.
Puzzles repletos de ilusões de ótica acompanhados de uma trama linear com belos cenários e desafios cada vez mais curiosos. Esse é Monument Valley, jogo do estúdio independente Ustwo Games, lançado para iOS, Android e Windows Phone. O primeiro jogo saiu em 2014 e o segundo em 2017. Todos muito bem avaliados por crítica e público.
Desenvolvido em 2013, o designer-chefe Ken Wong revelou que Monument Valley foi inspirado nas xilografias japonesas, nas esculturas minimalistas e nos jogos indies Windosill, FEZ e Sword & Sworcery. Em busca de um jogo de alta qualidade, o estúdio não limitou cronograma nem orçamento para a realização do produto. Eis então o nascimento dessa obra-prima.
A gameplay é simples: O jogador percorre a fase, que é um grande labirinto, procurando áreas clicáveis e movendo o personagem e até mesmo as plataformas para chegar no outro lado. As fases parecem obras do clássico artista gráfico M. C. Escher ganhando vida. Tanto o primeiro quanto o segundo jogo seguem o mesmo estilo.
Na trama do primeiro jogo, Ida é uma princesa que viaja através dos labirintos em busca de perdão. Na continuação, ela guia sua filha Ro nessa aventura. As ilusões de óticas criadas pelas fases são de mexer com a cabeça. É o que se referenciam como "geometria sagrada", com tudo aquilo fazendo parte de algo maior e divino. Cada cenário é digno de um quadro (e isso foi proposital).
Talvez o único problema da franquia é durar pouco. Ambos os jogos podem ser completados em menos de duas horas cada. A experiência única pode ser maratonada de uma só vez, mas o recomendado é apreciar cada momento. O resultado é tão satisfatório que a vontade é de jogar muito mais. O primeiro jogo conta com a expansão Forgotten Shores, que rende mais alguns minutos prazerosos.
Vale citar, por curiosidade, que, em 2015, após o primeiro Monument Valley e antes do segundo, a Ustwo lançou Land's End, puzzle de realidade virtual para Gear VR. O jogo também foi bem aceito por crítica e público.
A obra de Monument Valley chegou a influenciar a cultura pop. Na TV, o jogo chegou a aparecer na série House of Cards, da Netflix. Na música, inspirou o clipe Hallelujah, da famosa banda de rock Panic! at the Disco. Nos jogos, os personagens foram adicionados ao jogo mobile Crossy Road, de "atravessar a rua". Um crítico da USGamer chegou a dizer que o jogo Lara Crof Go (Tomb Raider) parecia inspirado em Monument Valley, apesar de nunca terem confirmado isso oficialmente.
Em 2018, a Paramount anunciou uma adaptação de Monument Valley para o cinema, num misto de live-action e cgi. A direção será de Patrick Osborne, o mesmo do curta Feast, da Disney, e da série Imaginary Mary, a ABC. Ele também irá dirigir o filme animado baseado nos quadrinhos Nimona, com produção da Blue Sky.
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