[CRÍTICA] O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
Mais um recomeço para uma antiga linha do tempo. Sem ter para onde ir após dois longas "base" e um terceiro supostamente conclusivo, fizeram um quarto explorando o antigo futuro e um quinto brincando com novas possibilidades. Todos dividiram opiniões e muitos não gostaram dos resultados (embora suas médias em sites de críticas estejam com notas... medianas). Então, com James Cameron de volta a franquia (mesmo que apenas como produtor), dessa vez pegaram os dois longas que todo mundo admira e ignoraram os demais que ele esteve fora (no quesito trama, já que elementos há de todos).
Dirigido por Tim Miller, o novo longa, que funciona novamente como um terceiro (transformando assim o terceiro original em uma linha do tempo alternativa), recicla seus originais assim como franquias como Star Wars e Jurassic World fizeram. A diferença é que aqui não funciona tão bem quanto poderia. O resultado é um filme básico de ação, bem clichê, com a repetida desculpa de "reviver" a franquia.
Diferente das continuações anteriores, esse novo longa busca uma premissa bem mais simples, sem grandes reviravoltas e afins, assim como era no começo da franquia. Dois voltam ao passado, um quer proteger e outro quer matar e há a pessoa-alvo. É um ciclo aventuresco de lutar e fugir. Contudo, algumas de suas soluções parecem tiradas do nada, vide a conclusão do clímax. Para piorar, o suposto mistério sobre a nova personagem, que perdura por um bom tempo no longa, é tão ultrapassado que não vale nada de sua extensão. Felizmente, ainda há boas cenas de ação como todos os outros filmes tiveram. Também há bons principais e o exterminador tá sinistro (novamente).
É um recomeço para uma nova geração, com direito a um empoderamento feminino mais amplo do que antes e mais diversidade ao unir nacionalidades (proposital visto a situação política atual nos EUA) [e vale citar que o filme tem uma quantidade considerável de cenas em espanhol]. E é bom reforçar que nada disso traz nada negativo para o longa, apenas positivo. Entretanto, a ideia de renovar toda a franquia vai além, afetando também sua trama, que acaba por "apagar" muito do que foi construído até mesmo nos originais em prol de novos rumos que não fiquem presos ao passado. Tanto que temos novos personagens (Dani, Grace, Rev-9) com novos destinos. Até mesmo a Skynet sofre com o peso das mudanças. O passado só não é completamente ignorado porque ainda tem Sarah Connor e T-800.
Apesar de todos os problemas, o sexto Exterminador ainda é um bom entretenimento, assim como seus anteriores. Discordo totalmente de diversas opiniões considerando esse novo melhor que eles (3, 4, 5), mas também creio não ser pior. No momento é difícil dizer com exatidão. Eu realmente tento entender tudo isso de ruim nessa agora considerada "trilogia alternativa" e não consigo, mesmo enxergando seus defeitos. Gostaria de uma continuação futura brincando com as linhas criadas na franquia, porque terão que fazer algo muito bom numa continuação pra justificar esse novo destino sombrio. Até agora tá morno.
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