Tributo à Beto Juara, o Peregrino da Música!
Carlos Roberto Alves, 46 Anos, desde 1982 dedicou sua vida à carreira artística. Residente no Brasil, nasceu na cidade Ecoporonga, no estado de Espírito Santo. Criado em Cascavel - Paraná, residiu a mais de 20 anos em Juara - Mato Grosso, de onde vem a origem de seu nome artístico.
Tinha o objetivo de alcançar 20.000 cópias do Oiapoc ao Chuí, no corpo a corpo. A marca ainda não foi alcançada, mas foram vendidos aproximados 18.000.
Depois que atingir sua meta, pretendia entrar na mídia nacional.
Morreu numa quinta-feira, dia 16 de setembro, em Sinop, onde estava internado para tratamento de complicações do COVID-19.
Beto Juara, como ficou conhecido por colocar a cidade em que viveu e amava como sobrenome, já havia passado pelo coronavírus, mas tinha complicações sérias nos pulmões e na manhã daquela fatídica quinta feira, não resistiu e acabou falecendo.
Filho do saudoso casal Benedito e Dona Celina, que já nos deixaram, Betinho, como também era conhecido, era irmão do saudoso Davi Silva, do Fernando e de João Batista Silva, hoje morador de Sinop. Também deixa as irmãs Norma, casada com Kidney Frankin e Eliane, popular Mimi.
Nascido em Ecoporanga, no Espírito Santo, Beto foi para Juara ainda jovem. Lá a família construiu o primeiro clube de lazer da cidade, o Clube Comercial, onde ele e seus irmãos Batista e Davi, promoviam grandes eventos, como bailes, gincanas, festivais e competições denominadas Colégio Contra Colégio.
O público lotava as dependências do Clube Comercial e as escolas se mobilizavam na organização de grupos ou individuais, para competir e ganhar os prêmios oferecidos. As famílias lotavam o clube para acompanhar os filhos, seja em encenações teatrais, cantando ou dublando alguma música nas competições organizada por eles.
Membro de uma família de músicos, o pai, Sr. Ditinho, era gaiteiro, o irmão Batista é um grande tecladista e também toca acordeom e ele, Beto, tocava violão e guitarra. Ele se auto intitulava, o peregrino da música.
Como músico, Beto era fã do Raul Seixas e compunha suas músicas no estilo do maior roqueiro brasileiro e levava suas canções, sempre no estilo Raulzito, pelo Brasil afora.
Ele também se tornou conhecido por outros estados brasileiros, sempre acompanhado do seu violão e dos discos que gravava e sobrevivia vendendo seus CDs e cantando nos mais diversos rincões do país.
Alegre, descontraído, Beto sempre tinha uma piada nova para contar aos amigos e seu sorriso estava sempre estampado no rosto.
Compositor de inúmeras canções, Beto fica imortalizado pela música “Porra Meu”, uma canção que satirizava a sua própria existência e tinha esse refrão.
Beto Juara era solteiro, mas deixa um filho, o pastor Decarlos Cleiton, que hoje é editor e produtor de vídeos.
Ao site Show de Notícias Decarlos disse que gostaria que seu pai fosse lembrado pela alegria e irreverencia, sempre lutando para promover eventos e levar a sua música pelo Brasil.
Em sua página no Facebook, Decarlos escreveu a seguinte mensagem.
“Porra Meu...
Você foi guerreiro, andou o Brasil inteiro e agora foi fazer o seu show em outro plano...
Que Deus nos dê forças para superar a perda e a falta que sentiremos das suas piadas, cantorias é histórias...
Descanse em paz meu velho”.
Fica aqui nossa singela homenagem à este grande artista, que me serviu como uma de minhas inspirações na música desde o fim dos anos 90 e início dos anos 2000, quando descobri acidentalmente seu hit "Porra Meu" no extinto site Altavista.com, em uma busca aleatória em busca, justamente, de inspiração! Merecia ser eternizado por seu som e suas idéias, e no que depender de mim (Yatta), será lembrado sempre!
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