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Tributo à Beto Juara, o Peregrino da Música!

Carlos Roberto Alves, 46 Anos, desde 1982 dedicou sua vida à carreira artística. Residente no Brasil, nasceu na cidade Ecoporonga, no estado de Espírito Santo. Criado em Cascavel - Paraná, residiu a mais de 20 anos em Juara - Mato Grosso, de onde vem a origem de seu nome artístico.


Trabalhou como corretor de seguros. Em 1989, foi para o garimpo, de onde surgiu a inspiração para suas músicas, principalmente “Porra Meu” e o ” Brefo Deu”. Ao fazer uma reforma em sua pequena casa de shows descobriu no solo um filão de ouro. Como estava profundo não houve como extrair manualmente. Foi então que conheceu uma equipe de geólogos e garimpeiros profissionais que exploravam o subterrâneo. Com uma semana de trabalho foram fazer um vôo para um garimpo vizinho e caíram na floresta, Onde ficaram nove dias até serem encontrados. Naquele desespero, rascunhou em forma de desabafo “Porra Meu”, mais tarde transformada em música, e, por ficar sem dinheiro, aconteceu “O Brefo (Faliu Quebrou)”.

Em 1996 entrou no estúdio para gravar o CD, “Porra Meu” em São Paulo, finalizando em 1998. Com sua vontade de conhecer o Brasil e ser cantor, com o estilo rock, blues, country e romântico, na linha Raul Seixas, começou a vender seus CDs em barzinhos pelo Brasil. Já visitou 160 cidades em 11 estados do Brasil e Coru, na Guiana Francesa.

Tinha o objetivo de alcançar 20.000 cópias do Oiapoc ao Chuí, no corpo a corpo. A marca ainda não foi alcançada, mas foram vendidos aproximados 18.000.

Depois que atingir sua meta, pretendia entrar na mídia nacional.

Morreu numa quinta-feira, dia 16 de setembro, em Sinop, onde estava internado para tratamento de complicações do COVID-19.

Beto Juara, como ficou conhecido por colocar a cidade em que viveu e amava como sobrenome, já havia passado pelo coronavírus, mas tinha complicações sérias nos pulmões e na manhã daquela fatídica quinta feira, não resistiu e acabou falecendo.

Filho do saudoso casal Benedito e Dona Celina, que já nos deixaram, Betinho, como também era conhecido, era irmão do saudoso Davi Silva, do Fernando e de João Batista Silva, hoje morador de Sinop. Também deixa as irmãs Norma, casada com Kidney Frankin e Eliane, popular Mimi.

Nascido em Ecoporanga, no Espírito Santo, Beto foi para Juara ainda jovem. Lá a família construiu o primeiro clube de lazer da cidade, o Clube Comercial, onde ele e seus irmãos Batista e Davi, promoviam grandes eventos, como bailes, gincanas, festivais e competições denominadas Colégio Contra Colégio.

O público lotava as dependências do Clube Comercial e as escolas se mobilizavam na organização de grupos ou individuais, para competir e ganhar os prêmios oferecidos. As famílias lotavam o clube para acompanhar os filhos, seja em encenações teatrais, cantando ou dublando alguma música nas competições organizada por eles.

Membro de uma família de músicos, o pai, Sr. Ditinho, era gaiteiro, o irmão Batista é um grande tecladista e também toca acordeom e ele, Beto, tocava violão e guitarra. Ele se auto intitulava, o peregrino da música. 

Como músico, Beto era fã do Raul Seixas e compunha suas músicas no estilo do maior roqueiro brasileiro e levava suas canções, sempre no estilo Raulzito, pelo Brasil afora.

Ele também se tornou conhecido por outros estados brasileiros, sempre acompanhado do seu violão e dos discos que gravava e sobrevivia vendendo seus CDs e cantando nos mais diversos rincões do país.

Alegre, descontraído, Beto sempre tinha uma piada nova para contar aos amigos e seu sorriso estava sempre estampado no rosto.

Compositor de inúmeras canções, Beto fica imortalizado pela música “Porra Meu”, uma canção que satirizava a sua própria existência e tinha esse refrão.

Beto Juara era solteiro, mas deixa um filho, o pastor Decarlos Cleiton, que hoje é editor e produtor de vídeos.

Ao site Show de Notícias Decarlos disse que gostaria que seu pai fosse lembrado pela alegria e irreverencia, sempre lutando para promover eventos e levar a sua música pelo Brasil.

Em sua página no Facebook, Decarlos escreveu a seguinte mensagem.

“Porra Meu...

Você foi guerreiro, andou o Brasil inteiro e agora foi fazer o seu show em outro plano...

Que Deus nos dê forças para superar a perda e a falta que sentiremos das suas piadas, cantorias é histórias...

Descanse em paz meu velho”.



Fica aqui nossa singela homenagem à este grande artista, que me serviu como uma de minhas inspirações na música desde o fim dos anos 90 e início dos anos 2000, quando descobri acidentalmente seu hit "Porra Meu" no extinto site Altavista.com, em uma busca aleatória em busca, justamente, de inspiração! Merecia ser eternizado por seu som e suas idéias, e no que depender de mim (Yatta), será lembrado sempre!

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